quarta-feira, 20 de junho de 2018

Livro do mês: Chapéuzinho amarelo

Chapeuzinho Amarelo
Chico Buarque

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Divulgação
Comprei esse livro para minha filha quando ela tinha apenas cinco anos, e ela me fez reler tantas vezes que perdi a conta. O interessante é que, por mais que você leia e releia esse livro, ele não enjoa. Escrito por Chico Buarque, Chapeuzinho Amarelo é uma leitura repleta de poesia e musicalidade, com uma história leve e alegre. Não dá para não gostar. Ainda mais porque o livro tem ilustrações lindíssimas de Ziraldo.

Chapeuzinho Amarelo era uma menina medrosa. Tinha medo de tudo: de chuva, de minhoca, de sombra. Tinha tanto medo que nem brincava e nem saia de casa. Seu medo a impedia de fazer as coisas que mais gostava, e até de fazer amigos. Mas seu maior medo de todos, como toda boa Chapeuzinho, era o medo do Lobo Mau. Mesmo nunca ter visto um lobo, ela vivia com medo de que um dia ele apareceria. Tinha tanto medo, tanto medo, que um dia ele apareceu.

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Mas quando se deparou com o seu maior medo, ela percebeu nada pior poderia acontecer. E depois que passou o susto, o medo também foi passando. Então acabou o medo, e ela ficou só com o lobo. Depois de enfrentar seu pior medo, enfrentar os outros foi fácil. Ela começou a brincar com as palavras e com o próprio medo, a se divertir com isso, e a não se assustar mais.

Assim, o livro mostra como Chapeuzinho Amarelo conseguiu vencer seus medos e conviver com eles como parte de sua vida, não deixando de aproveitar sua infância por medo de alguma coisa. De modo divertido, Chico Buarque reinventa o conto original dos irmãos Grimm e consegue estimular a imaginação das crianças, com muito ritmo e musicalidade.


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terça-feira, 5 de junho de 2018

Odilon Moraes recebe Troféu Monteiro Lobato de literatura infantil

Escritor e ilustrador paulistano é destaque por seu trabalho repleto de esmero e lirismo

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Ilustração do livro Rosa, de Odilon Moraes/ Divulgação


Ele pretendia ser arquiteto, mas acabou virando ilustrador e, por fim, escritor de livros infantis. Esse caminho não planejado acabou revelando um talento muito especial para contar e ilustrar histórias para crianças, que acabou rendendo o troféu Monteiro Lobato de literatura infantil deste ano para o paulistano Odilon Moraes.

O prêmio é concedido pela revista Crescer para o artista de maior destaque no ano que passou. E Odilon mereceu o destaque por ter quatro obras publicadas em 2017. Uma delas, Rosa (editora Olho de Vidro), é mencionada na lista “30 Melhores Livros Infantis do Ano”, também da revista Crescer. O livro, escrito e ilustrado por Odilon, une a história da distância entre o pai e o filho e imagens que seguem o percurso do filho em busca do seu passado. Além desse, o autor publicou O Presente (Cosac Naify) e reeditou A Princesinha Medrosa e Pedro e Lua (editora Jujuba). Ainda, Odilon ilustrou o livro Direitos do pequeno leitor, escrito por Patricia Auerbach, também mencionado na lista da Crescer.


O trabalho detalhado e cheio de esmero de Odilon fez com que ele acumulasse diversos prêmios, entre eles os Jabutis de melhor ilustração por A Saga de Siegfried (1994) e O Matador (2009); o Prêmio Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ Criança e Ilustração por A Princesinha Medrosa (2003); e o FNLIJ Criança por Pedro e Lua (2005).